É
esse cheiro de esgoto.
Esse
maldito cheiro que não me deixa viver.
Te
vi ontem, Guinevere.
Subindo
o morro com seus negões sem sotaque.
Seus
negões deprimidos.
Negões
estabanados.
E
por falar em sexo,
Tem muito tempo que passo fome.
Mas
é esse maldito cheiro.
Que
me penetra as narinas.
Que
cega os olhos.
É
esse cheiro que não me deixa.
Mas
seu cheiro, Guinevere,
Seu
cheiro não some.
É
minha enxaqueca.
Meu
café da manhã.
Te
vi ontem, Guinevere.
Você
e esses seus negões do batuque.
Deixa
de onda Guinevere.
Me
deixa. Me deixa cheirar.
João Gonçalves
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