Uma
vez mais me salva a razão
Dos
meus sentimentos nunca compreendidos.
Se
posta como a faca que separa dois corpos
E
obtém a vitória por estar sempre certa.
Quem
disse que devo lembrar-me de todos e
O
que me define como um ser inocente?
Minha
intenção pode ser boa e meu coração nobre,
Mas
não proporciono alegria nem estou atento ao mundo.
Sinto
inveja de heróis e por isso sou tolo,
Porém
não sou pior que ninguém.
Mostre-me
sua arte e talvez eu me preocupe.
Não
figurará mais em meus sonhos, rara essência;
Louvarei
os macacos que estão no centro do templo.
De
que vale gastar belas palavras se sou mal interpretado?
Que
o sangue continue a correr em mim:
Antes
as veias que o ralo.
Vejo
com maus olhos o lado escuro da vida.
Encaro
a realidade com minha arma engatilhada.
Lá
vem a noite assombrada dizer-me o que deve ser feito
Direi
a ela que sou homem e prazer é o que importa.
Não
se julgam atitudes de um reles patife,
Exilado
na montanha em companhia de abutres.
Adeus,
ficção sem fim, quero o caminho do nada,
Para
acordar sem preocupar-me em fingir felicidade.
Fernando Costa e Silva
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