sábado, 26 de janeiro de 2013

Idade da Pedra Escarlate


Cruel destino, não ouse virar as costas:
Contra vis fatalidades erguerei minha cabeça.
Meu juízo inocente me fez crer em vãs bobagens
E minha sina hereditária acumulou-me de temores.

Mas não se arrisque, tragédia:
Revivi entusiasmado.
Quero sentir o vento que desperta fantasias.
Da cova que o Sol esquenta, nasceu hoje uma rosa,
Bela por ser tão nova e rodeada de esperança.

Dançante surge do sopro fumaça que me tonteia.
Reflito sobre a paisagem que balança sobre meus olhos.
Meus sentidos se equivocam,
Minha mente se derrama.
Enfim estou à vontade
Para ouvir cores queridas.

A solidão é um bom abrigo
Ao proteger jovens incautos de perigos disfarçados.
O amor não se resume a palavras
Que supostamente traduzem
Rasos sentimentos.
Confiarei em minha amada
Quando entregar-me ao sossego,
E por ela esperarei até que eu seja completo.

Deixe que eu conduza
Meus passos calmos, destino.
A fortuna que rege a vida teme minha virtude
E o mundo espera que jovens
Enfeitem o céu com mistérios.

Fernando Costa e Silva


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