Cruel destino, não ouse
virar as costas:
Contra vis fatalidades
erguerei minha cabeça.
Meu juízo inocente me fez
crer em vãs bobagens
E minha sina hereditária
acumulou-me de temores.
Mas não se arrisque,
tragédia:
Revivi entusiasmado.
Quero sentir o vento que
desperta fantasias.
Da cova que o Sol esquenta,
nasceu hoje uma rosa,
Bela por ser tão nova e
rodeada de esperança.
Dançante surge do sopro
fumaça que me tonteia.
Reflito sobre a paisagem que
balança sobre meus olhos.
Meus sentidos se equivocam,
Minha mente se derrama.
Enfim estou à vontade
Para ouvir cores queridas.
A solidão é um bom abrigo
Ao proteger jovens incautos
de perigos disfarçados.
O amor não se resume a
palavras
Que supostamente traduzem
Rasos sentimentos.
Confiarei em minha amada
Quando entregar-me ao
sossego,
E por ela esperarei até que
eu seja completo.
Deixe que eu conduza
Meus passos calmos, destino.
A fortuna que rege a vida
teme minha virtude
E o mundo espera que jovens
Enfeitem o céu com mistérios.
Fernando Costa e Silva
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