Imperador,
tuas frivolidades,
Tuas
inconstâncias,
Tuas
veias contaminadas, sujas,
Te
ferem, soberano, te matam.
Sobe
o morro imperador,
Domine a si próprio.
Teu
império são teus versos.
Tua
Roma esqueceu-te.
Teu
sorriso menino te escondeu.
Tua
ruína o torturou.
Teu
pudor frenético não reagiu.
Ainda
estás nas escadarias do senado.
Teu
povo já não é o mesmo.
Bem
sabes.
Todos
dizem.
Já
não é o mesmo.
João Gonçalves
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