Para
mudar a realidade,
Ouça-me,
não há idade,
Crença,
raça, idolatria.
Não
há intolerância ao teu tipo sanguíneo.
Para
mudar a realidade,
Ouça-me,
por boa vontade,
Não
podes ser ignoto ou extravio,
Ardiloso,
deixas teu completo vazio. Deixas.
Para
mudar a realidade,
Por
mais que não compreendas,
Esqueça
os ditos populares,
As
cartas de amor, as dores da infância.
Não
importa a tua ascendência,
Ou
as diretrizes da tua razão.
Deixa-a,
solenemente.
Devore
tuas expectativas. Soletre as atitudes.
E
interpele o comportamento.
Sempre
corra nu por tua mente sã,
Suje
as próprias infidelidades,
Destaque
cada pequeno ponto da tua face.
Um
salto dos comportamentos, atinja o próprio desempenho.
Seja
o que nunca foi nunca.
Ou
o teu poeta preferido.
O
melhor redator das toalhas de mesa.
Portanto,
se não ocorrer, descansas.
Volte
à velha caixa das lembranças,
Queime-a,
num impulso apenas.
Alcance
a terra dos sonhos que esperam ser vividos.
João Gonçalves