Não há poesia nesta vida minha.
Não há poesia. Repito:
não há poesia.
Tudo tão pesado.
Oito meses,
universos pesados.
O sonho pesado.
O todo poético pesado.
Tudo à beira do abismo das palavras,
destas palavras,
de todas.
Não quero ser o homem sem moral.
Eu sou o homem sem moral.
E o orgulho deixou.
Fartou-se.
Fugiu, sem deixar carta de amor.
Reafirmo:
Não há poesia.
Não há, não deve haver.
Só esta regurgitação eterna.
Eterna, mas não é poesia.
João Gonçalves
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