Meu Deus, onde estou indo?
(Apelar para Deus? Que grande
infortúnio!).
Sustento um amor proibido,
causa de dores terríveis,
Fonte de novos poemas,
motivo de noites de insônia.
Conselhos chegam e dilaceram
Meus devaneios tolos, minha sincera
vontade de amar.
Conselhos condenam meus atos,
E riem das palavras
dirigidas à minha ilusão querida.
A cama insiste em ser grande,
Aliada à noite chuvosa, que
me agride sendo tão fria.
E essa mulher, fatal imagem
que teima em ser atraente,
Transmuta-se em castigo ao
meu corpo.
Mas espere: a lucidez me
ferroa;
Minha alma é livre; onde
estão meus atalhos?
Em situações complicadas, considerarei os meus prazeres,
E dane-se minha tola
esperança, tema absurdo de filme.
Fernando Costa e Silva
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