sábado, 30 de março de 2013

Confusão



Meu Deus, onde estou indo?
(Apelar para Deus? Que grande infortúnio!).
Sustento um amor proibido, causa de dores terríveis,
Fonte de novos poemas, motivo de noites de insônia.

Conselhos chegam e dilaceram
Meus devaneios tolos, minha sincera vontade de amar.
Conselhos condenam meus atos,
E riem das palavras dirigidas à minha ilusão querida.

A cama insiste em ser grande,
Aliada à noite chuvosa, que me agride sendo tão fria.
E essa mulher, fatal imagem que teima em ser atraente,
Transmuta-se em castigo ao meu corpo.

Mas espere: a lucidez me ferroa;
Minha alma é livre; onde estão meus atalhos?
Em situações complicadas, considerarei os meus prazeres,
E dane-se minha tola esperança, tema absurdo de filme.
Fernando Costa e Silva






Nenhum comentário:

Postar um comentário