Olho-me no espelho,
Procuro justificativas.
O erro não foi meu e
Mesmo assim padeço.
A culpa não é minha!
Pagarei com meu sangue o
sofrimento
De quem diz me amar.
Entretanto, exercerei como
vingança:
O calor que me alimenta
é o remorso,
Não a gratidão.
Não a gratidão.
Cortam-me profundamente
esses versos,
Antes de ferirem quem
desejo.
Estou só e confuso,
Cercado por aqueles
Que escolhem o certo
para a minha vida.
Dane-se o carro do ano,
a roupa da moda, a compra inútil.
Quero dizer não aos que me
censuram.
Todavia, ainda que essa
atitude torne-se assunto entre os anjos,
Pressinto a morte e o apagar das
estrelas.
Saúdem quem teme seus próprios planos
E engole os pecados dos indivíduos mais fortes.
Fernando Costa e Silva
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