Sinto por lhe dizer isso.
Podia, ao invés, recitar todos os
“bons-dias” que conheço.
Todas as modinhas canções poemas
estúpidos
Mas, não, sinto tua falta.
não a falta
benfazeja que torna-se
necessária aos
amantes.
É a falta dos teus “tchaus” indecentes
de quando ia embora
Não gostava destes “tchaus”, mas sinto
falta.
Como dos tapas mordidas beliscões
chutes e pontapés
daquele amor mais insensato do mundo
que eu vivi.
Ou que não vivi.
Falta maldita dos teus passinhos
rápidos à francesa.
Falta estapafúrdia daquele filme
iraniano estranho que
jamais assistimos
abraçados nos beijando
que prometeu.
Prometeu sempre vir. Sempre ser.
Não veio. Não é.
hoje vivo a sentir-te, como se de nada valesse.
nada vale tua falta.
ou equivale.
João Gonçalves
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