terça-feira, 16 de julho de 2013

O Visitante


Convide-me a invadir
O teu interior. Tua casa é minha morada.
O Sol queima o meu rosto. Esperarei até que venhas.

Teu ventre ocupa meus pensamentos.
Sua doçura senti,
Quando minhas mãos o acariciaram.
Deixe que eu me torne eterno em ti,
Que eu garanta ao mundo nossa continuidade.

Estaremos juntos até mesmo na criança.
Meu sangue junto ao teu. Nossas qualidades.
Brindaremos com a família por mais um recém-chegado,
Nascido das entranhas do sublime.

Não levanto mais suspeitas:
Estou convencido de nossa singularidade.
Não achas que mereço uma xícara de café?
Um abraço, um carinho, e tua paixão por uns mil anos?

Lançarei beijos ao vento: Estendas teu rosto.
Deixes a janela aberta ainda que seja frio.
Debaixo de duas cobertas repousa teu corpo perfeito.
Debaixo de muito desejo queima o meu,
Feito o fogo de mil brasas.

Fernando Costa e Silva

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