Pra mim não há palavra
força, verso, porre, santo
que o valha.
Nada vale esse esforço sobre humano.
Não espere que eu vá seguir seus
passos.
Seu tempo é crítico.
Ácido, vivido, patético.
Num dia acorda nu
noutro perde as carnes.
Você não é herói
ou o herói com quem convivi.
Caminhas por locais sinistros
e os próprios erros afundam-no num
inferno pouco afável.
Inferno pouco saudável.
Inferno que me deixa como herança.
Não preteria
mas motivas a não poesia.
Não há, nunca é.
Isso é loucura
muito mal escrita, por sinal.
João Gonçalves
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