segunda-feira, 15 de julho de 2013

Monólogo de Indignação

 Pra mim não há palavra
força, verso, porre, santo
que o valha.
Nada vale esse esforço sobre humano.

Não espere que eu vá seguir seus passos.

Seu tempo é crítico.
Ácido, vivido, patético.
Num dia acorda nu
noutro perde as carnes.

Você não é herói
ou o herói com quem convivi.
Caminhas por locais sinistros
e os próprios erros afundam-no num inferno pouco afável.
Inferno pouco saudável.
Inferno que me deixa como herança.

Não preteria
mas motivas a não poesia.
Não há, nunca é.
Isso é loucura
muito mal escrita, por sinal. 

João Gonçalves

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