É desumano esse desejo
Que me corrompe, me faz tremer.
Quero aplacar a minha dor
dando carinho,
E perder-me uma vez mais
em teus suspiros.
Como viver,
Sabendo que queres, mas me
rejeita?
Para onde vou sem teus
delírios,
Sem a maldita esperança de
possuir-te inteira?
Para onde irei ardente, o
corpo quase em chamas?
Para a morte, refúgio dos
solitários?
Deixe-me ter-te uma noite,
mistério encarnado,
Sentindo tua pele na
minha, afundando-me entre teus seios.
Que teu ventre seja a casa
onde eu possa estar tranquilo
E a vontade do meu corpo
seja acalmada entre teus braços.
Fernando Costa e Silva
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