segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

João-Galafoice




Quem dera tomar conta destes passos

Deixar o grupo de apoio

Passar por tantos como um só

Logo eu, ser de pensamento em fronteira.



Inanimado, disforme

Carrancudo.

Minhas lacunas preenchidas de medo,

Logo eu, com minhas meias-palavras.



Com meu exército irresponsável e esquizofrênico,

As minhas artimanhas tamanhas.

Tamanho abismo cívico. Civil.

É um crime estéril. Passional.



Sou minha própria crise

A própria fenda.

O grito abafado,

Em meio aos anjos.



Este anti-herói aqui dentro,

Em profundo diálogo,

Não espera Vossa Majestade Aberração

Para o jantar.



Devorei as próprias lágrimas,

Espero pouco. Pouco. Pouco.

Batem à porta.

Não é ninguém. Nunca é ninguém.

João Gonçalves

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