Imagino-te
deitada
Sobre
lençóis brancos, agulha presa na veia.
Pálida
ao forçar gentileza aos visitantes,
Entediada
com o mundo.
Com
que frequência visita-te o teu amado?
Considero
vital que ele se dedique à tua essência,
Mas
aprendo a cada aurora: amor pede descanso.
Quem
sabe sendo minha discípula,
Ouvindo
o que aprendo, debatendo comigo,
Possamos
contribuir para o meio em que vivemos?
Pois
é disso, afinal, do que se trata a vida:
Sermos parte do quadro das grandes heresias.
Lembre-me
de contar-te sobre o sábio que me chamou de egoísta,
Pois,
segundo ele, minha arte é imitativa. Afinal, a arte imita a vida?
Estimo
melhoras, senhorita. Cante e espere a solução dos dilemas.
Em
casos de desordem natural do corpo,
Só
o repouso soluciona.
Fernando Costa e Silva
Intrigante...
ResponderExcluirEsse poema foi dedicado a uma amiga que passou um tempo no hospital. Entenda-o como uma homenagem. Qualquer discussão que queira estabelecer sobre nossos poemas, é só nos procurar. Obrigado pela leitura!
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