Corri
perigo e escureci ao ver
Velas
apagadas por profundos suspiros.
Eu,
porém, não supero o desejo.
Aqui
estou outra vez, minha alma em consórcio.
Sou
escravo de mim, não há quem compreenda,
Nem
ninguém que conforte, pois todos são assim.
A
razão ajoelha-se aos pés de sérios instintos,
Pensa
que pode controlá-los, mas é serva de seu reino.
Eis
a piada: chama-se condição humana.
Dói-me
o riso que estampo em minha boca,
E
dói-me o desejo de estar preso em seus braços.
Para
onde irei, se não comando meus impulsos?
Há
salvação para aqueles que sofrem sempre em segredo?
Apaixonado
coração, entenda que é impossível.
Evite
outra guerra, deixe a febre da loucura.
Amanhã
ou depois, não passará de lembrança,
E
a pedra que julga ser diamante,
Tornar-se-á
fútil pedra,
Reluzente
empecilho que enfeitou seu caminho.
Fernando Costa e Silva
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