terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um Grande Mundo de Dilemas


Não sou nada, nunca serei nada. À parte isso, tenho em mim um grande mundo de dilemas.
Cometo graves pecados.
Queria estar livre dos pecados que cometo.
Sou meus próprios pecados.
Observo a sina desesperadora, desesperada,
Sedenta por carinho.
Quem és? Para quê tanta arrogância?
Grande merda de poesia.
Grande balde de bosta.
Falta-me engajamento.
Falta-me uma história de amor.
Falta-me coragem pra vencer a preguiça.
Que se dane o céu, quero mais o inferno!
Desfrutar o ócio. Saber o que a ninguém interessa.
Sou um romântico, e meus pensamentos são um mar de utopias.
Quisera eu não ter essa maldita qualidade,
Esse maldito atributo de me importar com o ultrapassado.
De amar o que andava escondido.
De me importar com pessoas que não se importam.
Quisera eu ter a capacidade de ignorar pra sempre.
De não necessitar de carinho. De não levar nada a sério.
Quisera eu me afogar numa noite de domingo
E acordar no fundo do oceano numa manhã de terça-feira.
Sozinho no fundo da minha própria miséria,
Mas feliz,
E independente
De vontades alheias.

Fernando Costa e Silva

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