Não
sou nada, nunca serei nada. À parte isso, tenho em mim um grande
mundo de dilemas.
Cometo
graves pecados.
Queria
estar livre dos pecados que cometo.
Sou
meus próprios pecados.
Observo
a sina desesperadora, desesperada,
Sedenta
por carinho.
Quem
és? Para quê tanta arrogância?
Grande
merda de poesia.
Grande
balde de bosta.
Falta-me
engajamento.
Falta-me
uma história de amor.
Falta-me
coragem pra vencer a preguiça.
Que
se dane o céu, quero mais o inferno!
Desfrutar
o ócio. Saber o que a ninguém interessa.
Sou
um romântico, e meus pensamentos são um mar de utopias.
Quisera
eu não ter essa maldita qualidade,
Esse
maldito atributo de me importar com o ultrapassado.
De
amar o que andava escondido.
De
me importar com pessoas que não se importam.
Quisera
eu ter a capacidade de ignorar pra sempre.
De
não necessitar de carinho. De não levar nada a sério.
Quisera
eu me afogar numa noite de domingo
E
acordar no fundo do oceano numa manhã de terça-feira.
Sozinho
no fundo da minha própria miséria,
Mas
feliz,
E
independente
De
vontades alheias.
Fernando Costa e Silva
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