Não me confunda
Nem ignore minhas mensagens:
Há mais coisas em minha mente insana
Do que supõe vossa vã idolatria.
Ravel, eis aqui minha guitarra:
Que nela seja feito segundo minha vontade.
Quero o som que treme casas,
O amor que deixa feridas,
E os surtos que causam vergonha.
Fenômenos extracotidianos!
Mahler, ouça esse som comigo.
Não é “da hora”? Ponha o papel na língua.
Sacuda a cabeça, maestro. Faça uma boa viagem.
Punks entendem de poesia
E de amor. De outro tipo de amor.
Um amor diferente deste
Que é exaustivamente celebrado,
Mas que nunca foi desfrutado.
Irmãos, o teatro do absurdo
Permanece aberto pela eternidade.
Celebremos nossas falhas!
Fernando Costa e
Silva
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