sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Música de Velho

Não me confunda
Nem ignore minhas mensagens:
Há mais coisas em minha mente insana
Do que supõe vossa vã idolatria.

Ravel, eis aqui minha guitarra:
Que nela seja feito segundo minha vontade.
Quero o som que treme casas,
O amor que deixa feridas,
E os surtos que causam vergonha.
Fenômenos extracotidianos!

Mahler, ouça esse som comigo.
Não é “da hora”? Ponha o papel na língua.
Sacuda a cabeça, maestro. Faça uma boa viagem.

Punks entendem de poesia
E de amor. De outro tipo de amor.
Um amor diferente deste
Que é exaustivamente celebrado,
Mas que nunca foi desfrutado.
Irmãos, o teatro do absurdo
Permanece aberto pela eternidade.
Celebremos nossas falhas!

Fernando Costa e Silva


Nenhum comentário:

Postar um comentário