Não estou perdido
e devia parar
de botar pingos em is que não existem.
Não há graça
quando não há piada;
ninguém comemora conquistas fictícias
(e se comemoram, não são fictícias).
Eu não falo russo comigo mesmo.
Não há mais monstros desconhecidos
que os meus próprios.
Ora, poeta,
pare de correr.
O mundo repousa silencioso sobre seus
pés.
João Gonçalves