Minha musa loira cujos sonhos são modestos,
Nossa noite de amor foi a mais bela que
vivi.
Nossas almas invadiram as garrafas de cerveja,
E minha carne inconsciente desejava seus
lamentos.
Posso ver por uma fresta a miséria dos segredos.
Indelicado como sou, cuspo na sujeira das
amebas.
Do remorso que tive não me sobrou nem saudade,
E os pecados que me condenam não tem nenhuma
relevância.
Se gosta de estar comigo, sentindo que tenho
vontade
Por que motivo se afastou quando pedia por seus
beijos?
Você é uma moça formidável, admiro seus
anseios,
Mas a lua está indo embora e a paixão é o que
nos resta.
Só mais um instante, entregue-se a esse tolo.
A janela está aberta, inspire o silêncio da
cidade,
Repita a noite perdida, dê fim ao filme
inacabado,
Aproveite o tempo que resta e ame quem deve ser
amado.
Fernando
Costa e Silva
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