quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Última Noite de Amor



Minha musa loira cujos sonhos são modestos,
Nossa noite de amor foi a mais bela que vivi.
Nossas almas invadiram as garrafas de cerveja,
E minha carne inconsciente desejava seus lamentos.

Posso ver por uma fresta a miséria dos segredos.
Indelicado como sou, cuspo na sujeira das amebas.
Do remorso que tive não me sobrou nem saudade,
E os pecados que me condenam não tem nenhuma relevância.

Se gosta de estar comigo, sentindo que tenho vontade
Por que motivo se afastou quando pedia por seus beijos?
Você é uma moça formidável, admiro seus anseios,
Mas a lua está indo embora e a paixão é o que nos resta.

Só mais um instante, entregue-se a esse tolo.
A janela está aberta, inspire o silêncio da cidade,
Repita a noite perdida, dê fim ao filme inacabado,
Aproveite o tempo que resta e ame quem deve ser amado.

Fernando Costa e Silva

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