sábado, 22 de dezembro de 2012

Solidários Seremos


Solidários seremos com os desesperados,
Com os sem esperança e os loucos varridos.
Por amor ao passado iluminaremos as covas
Daqueles cuja história não se lembram os mais sábios.

São eternas as escadas que nos levarão à Terra,
Para sermos relembrados por quem nunca conhecemos.
Ainda que a memória seja um caos de almas penadas,
Confio na vitória dos senhores deste tempo.

Oh, pátria minha, por que me abandonaste?
Fui guerreiro valente, como qualquer patriota,
Por que me esquecer se de mal nenhum há registro?
Por que omitir os males que enfeitaram tua juventude?
Explica-me, pátria minha!

Na confusão querida da vida vivida em conjunto
Estou a remoer tragédias que a madrugada proporciona.
Atuam em minha vida os mais diversos problemas,
E a alegria que desfruto não passa de um belo intervalo.

Ah, pátria minha, por que me abandonaste?
Por que permitiste que eu a sentisse bêbada em meus braços?
Por que sobrecarregas de sofrimento o coração da mulher que ama?
Por que, Deus que é piedade, por que me possibilitas?

Fernando Costa e Silva

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