Solidários seremos com os desesperados,
Com os sem esperança e os loucos varridos.
Por amor ao passado iluminaremos as covas
Daqueles cuja história não se lembram os mais
sábios.
São eternas as escadas que nos levarão à
Terra,
Para sermos relembrados por quem nunca
conhecemos.
Ainda que a memória seja um caos de almas
penadas,
Confio na vitória dos senhores deste tempo.
Oh, pátria minha, por que me abandonaste?
Fui guerreiro valente, como qualquer patriota,
Por que me esquecer se de mal nenhum há
registro?
Por que omitir os males que enfeitaram tua
juventude?
Explica-me, pátria minha!
Na confusão querida da vida vivida em conjunto
Estou a remoer tragédias que a madrugada
proporciona.
Atuam em minha vida os mais diversos problemas,
E a alegria que desfruto não passa de um belo
intervalo.
Ah, pátria minha, por que me abandonaste?
Por que permitiste que eu a sentisse bêbada em
meus braços?
Por que sobrecarregas de sofrimento o coração
da mulher que ama?
Por que, Deus que é piedade, por que me
possibilitas?
Fernando Costa e Silva
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