quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Peço, logo, Creio



O anjo de Abraão apareceu numa montanha,
No instante em que Isaac iria ser sacrificado.
Era anjo o que via ou acreditava ser um anjo,
O que via era fato ou só temor manifestado?

Não há como saber, Abraão não está aqui agora.
Mas tu pedes que eu me humilhe, caro amigo,
Que eu erga as mãos para o céu e implore por um milagre.
Pois te digo que ao pedir, estarei acreditando,
Que serei correspondido, que serei abençoado.

Imagine que qualquer coisa incomum aconteça,
Depois de pedir, não achas que pensarei ser milagre?
Por isso não pedirei, isso não me interessa,
O que está em cheque não é o que creio,
Mas a utilidade desta crença.

Amei tua amizade, caro amigo,
Mas fique com teu deus, desfrute de suas vontades.
As canções que nos uniam por mim serão sempre lembradas,
Entretanto, é só: hoje não quero mais um dia.

Fernando Costa e Silva


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