Dentre as
mil e uma preocupações que contaminaram a mente deste sujeito, ganha
destaque especial a que trata do nome escolhido para designar nosso trabalho: Poetas dos fins dos tempos – e por que não poetas do FIM dos tempos?
Também
nós, através do nome que selecionamos, quisemos rir da programação que marcaria
o dia vinte e um de dezembro do ano de dois mil e doze. O termo "fins dos tempos" refere-se às várias datas que popularmente foram estabelecidas para a
ocasião final das eras. Tantos dias se passaram, tantas tragédias foram
anunciadas e felizmente o fim do mundo não aconteceu. Quem pode ter
ganhado com o medo gerado pelos dias condenados? Cineastas? Dirigentes da
Igreja? Poetas do mundo digital?
Para além da
galhofa, outra ideia nos inspirava quando molhamos nosso projeto artístico na pia batismal: o conceito de
temporalidades múltiplas. Pensar em durações diferentes que culminam em vários finais ligados às diversas formas de encadeamento dos fatos é afirmar que essas
durações podem nascer e acabar em épocas diferentes por diferentes motivos e esse é um dos aspectos teóricos que dão base ao registro
de nossos martírios. Desta maneira deixo registrada a lógica simples do sentido de nossas palavras. Muita reflexão ainda deve ser feita, pois o amadurecimento intelectual pede dedicação e a isso nos esforçamos. A poesia merece ser seguida.
Fernando Costa e Silva
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