quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Anteontem, Antimônio, Demônio.



Fins que começam.
Refis. Perfis de saudade.
Temos apenas quatro horas.
Diga a camareira que não precisa trabalhar amanhã.

Turbilhão de irracionalismos.
Caem. Debruçam.
Não há “vir-à-ser” que suporte.
Nem há crianças. Foram-se os sonhos.

O moleque está sozinho na rua.
Sem peste. Sem vida. Sem namorada.
Queria procurar emprego. Queria procurar o governo.
Mas não há mais tempo.

Talvez amanhã,
Não haja amanhã.
O que serão os fins,
Se não chegarem ao fim?

João Gonçalves

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