quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Amei demais



Amei demais e não me arrependo,
Mas quem me dera ter sido correspondido.
Poderia ter sido o louco que ligaria quando fosse madrugada,
Para dizer “Te Amo”, apenas para ser ouvido.

Eu disse a ela que eu era uma onda no mar do sentimento,
Que só me acalmava ante sua presença.
Ela fingiu que não me ouviu, ignorou minhas palavras.
Que bom que a chaga põe fim à sua existência!

Eu disse à outra que a amava,
E ela riu absurdamente do que eu dizia.
Chamou-me louco, não gostei, confesso,
Porém entendo que eu era imaturo.

Não guardarei lembrança de mulher na memória.
Não sei para onde vou e não tenho ninguém que me agrada.
Essa carência desmedida que toma conta do meu peito,
É desejo por atenção daquelas que me ignoram.

Como o desespero me deixa inspirado,
Como a doença me faz progredir!
Partirei sentido por não ter vivido o amor que pretendia,
Mas não estou arrependido, nem guardo momentos ruins do que agora se acaba.
Que se dane o amor, gosto mais das palavras,
Grande Senhor, mundo que afunda!
Fernando Costa e Silva





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